sexta-feira, março 7

A maior religião de todas é o respeito.  É dar a todos o direto de escolha, do livre-arbítrio.

Cada um tem o direito de escolher o que quer fazer da vida, não é mesmo? Eu tento respeitar a liberdade de escolha de cada um – é difícil.

Sabe, eu sempre prezei o respeito aos mais distantes, mas os que estavam por perto eram metralhados por “críticas construtivas”. Mãe, namorado, melhores amigos. Tinha uma mania feia de querer mudar as pessoas, de querer que elas ajam e pensem da mesma maneira que eu.  Quase perdi gente que amo MUITO por essa grande BO-BA-GEM.

Aprendi que cada um é como quer ser. Gosta do que quiser gostar, tem seu ritmo de trabalho, estudo e rotina. Cada um tem seu jeito, nunca seremos iguais – NUNCA.  

Agora, a minha “religião” (respeito) serve para todos.  Andei levando umas “porradas da vida”, uns “puxões de orelha” de Deus (eu acredito). Se você não acredita, te respeito – só peço que respeite a minha crença. 

Andava muito fútil, bobona demais. Pensava muito em consumo, corpo perfeito entre outras coisas.
Tive que sofrer um grave acidente de moto onde quase morri “para acordar”.

No começo ficava  lamentando-me, “porque isso aconteceu comigo”? Estava tudo indo tão bem, estava começando a realizar parte de um sonho.  Hoje vejo que o acidente que sofri me fez EVOLUIR muito.

Só me trouxe coisas boas. Não tem como mensurar o quanto cresci como ser humano. Coisas que antes eram IMPORTANTES, tornaram-se banais. 

Reaprendi a valorizar as pessoas certas, os que me amam e querem o melhor para minha vida. Larguei muita “amizade” que só estava ali comigo por conveniência, ou por ter “um corpinho bonito”.  

Aprendi a agir de uma forma melhor, ainda menos egoísta (preciso ficar ainda mais) e com mais RESPEITO a liberdade de escolha que cada um tem. Estou mais humana, querendo fazer o bem (ainda mais do que antes – esse sempre foi um lema de vida).

Ando mais simples, mas não menos vaidosa – admito. Ainda amo produtos de beleza, make, moda, sapatos e bolsas. Gosto de tecnologia como sempre.

Ainda adoro ter um “corpo sarado” e ir para academia. Mas não sou tão desesperada com dieta e treinos como antes - não deixo de comer tudo que gosto (como andava fazendo). Não fico “morrendo” se não conseguir ir na academia (por mais que me deixe triste a impossibilidade de ir – dependo de carona). Enfim, ando menos radical.

Sabe, aprendi que nada disso é tão importante assim.

Prefiro ter quem amo por perto, ser uma pessoa legal e boa – mesmo que não receba em troca (eu sempre fiz isso, mas agora tá mais forte – vou continuar me ferrando como sempre, essa de não esperar NADA de NINGUÉM machuca pra caramba, difícil gerar retornos, continuarei tentando). Valorizo mais as coisas que são FUNDAMENTAIS.

Passei dias em coma, tive traumatismo craniano. Reaprendi TUDO novamente – andar, falar, comer, beber, escrever, ter memória, pensar com rapidez e atenção. Fiquei com os movimentos do meu braço esquerdo arriscados (quebrei o cotovelo), quase perdi o que tanto amava e me orgulhava – estudar e trabalhar com “rapidez e esperteza”.  Ainda tenho problemas na visão, mas tenho FÉ que vai melhorar – só depende de mais tempo para TUDO ficar bem.  

Me tornei uma pessoa perfeita? JAMAIS, tô cheia de defeitos ainda. Ninguém é perfeito – a gente vai tentando acertar, né? Tô me esforçando, JURO.

Foi me dada a mesma chance que ganhei no dia 28/11/1989.

Nasci novamente, tive a grande oportunidade de conseguir me recuperar de uma forma “perfeita”. Dois braços, duas pernas, a mesma “desinteligência” e esperteza e poucas marcas no corpo. Estou falando muito (como sempre), comendo muito (como sempre), escrevendo, trabalhando e estudando (ainda melhor – com mais dedicação, atenção e organização).

Sou grata a Deus, ao universo, aos que me ajudaram, as pessoas que mandaram palavras e energias positivas.

Agradeço.



quarta-feira, janeiro 29

E pela primeira vez na vida eu sofri preconceito por ser branca. 

No decorrer da minha vida, eu sofri diversos tipos de preconceito. Lembrando que preconceito não é só racial, vejamos no dicionário:

"Preconceito é um juízo pré-concebido, que se manifesta numa atitude discriminatória, perante pessoas, crenças, sentimentos e tendências de comportamento."

Quando morei em São Paulo sofri preconceito por ser nordestina, chegaram a imitar o meu sotaque de uma forma pejorativa e perguntaram se eu "já tinha passado fome". Ainda tem gente com a imagem que no NE só existe seca e fome - claro que existe, mas não é totalidade, né?

Em Toronto alguns portugueses (tem MUITOS portugues por lá) foram preconceituosos comigo, com o povo brasileiro. As mulheres brasileiras então, para eles são todas p**** . Eles generalizam mesmo, mas amam nossos artistas e o nosso futebol. Vai entender esse povo, é uma relação de amor e ódio.

Aqui nos E.U.A.  sofri discriminação por ser branca.


Ao pegar um ônibus lotado, pedi para uma moça negra tirar a bolsa dela que ocupava um lugar, para assim poder sentar. Repeti o discurso 3 vezes, ela me encarou, começou a rir da minha pequena pessoa e em seguida voltou a conversar com uma amiga que estava em outro banco. Ela me ignorou e foi altamente grosseira.

Não satisfeita e "P" da vida fui tentar ir para parte de cima do ônibus, que tinha um lugar, mas um rapaz negro estava "tampando" a passagem. Pedi licença várias vezes, foi preciso um Sr. que estava ao lado dele cutucar o rapaz e pedir para me dar licença. De cara feia e a contragosto ele o fez.

Ao pedir parada, as meninas ficaram cochichando e rindo da situação, "da minha pessoa". Kkkk.

Moral da história, percebi que independente da cidade ou país que eu esteja, vou sofrer discriminação. O mundo é cheio de conceitos estabelecidos. Tem o "certo" de uns que é o "errado" de outros. O normal para uns que é anormal para outros, e assim vai.

Pelo pouco que passei, percebi que as pessoas que mais me discriminaram, são as mais discriminadas. Sofri discriminação de gente pobre, assim como eu. De pessoas que usam o transporte público, assim como eu.

Engraçado, nunca sofri discriminação de pessoas com muito dinheiro ou com um alto nível de escolaridade. Mas isso deve existir por ai. Falo de mim, pessoal e intransferível.

Venhamos e convenhamos, tive GRANDES amigos em cada cidade que passei, pessoas de bem e que me ajudaram muito. Na minha memória eu só guardo coisas boas.

 Sou grata. 

sábado, janeiro 25

Durante a escola a gente aprende química, física, literatura e várias outras matérias que não usamos em nossa vida "adulta".Venho aqui falar de costumes, civilidade e positivimo. De base, que nenhum cálculo vai ensinar. Talvez uma família carinhosa ajude, mas ainda não é o bastante.

Sou a favor das escolas ensinarem uma matéria OBRIGATÓRIA sobre a vida. Sim, a vida.

Os diretos e deveres (um curso de "direito básico"), uma aula sobre motivação e positivismo. Tudo junto, ou duas matérias, quem sabe? A gente devia aprender isso na escola, seja pública ou particular.

A sociedade é muito negativa, crescemos com isso. Involuntariamente somos negativos, sem ao menos perceber. Eu me considero uma pessoa positiva, mas ainda me pego com uns "negativismos" bobos.  Você sabia que quando a gente é criança, a cada 10 palavras que ouvimos, 8 são NÃO?

A gente cresce ouvindo não, que não pode. Que não vai conseguir, que só quem vence na vida é quem tem dinheiro. A gente aprende isso em na TV, nas ruas e muitas vezes em casa.

Vamos nos acomodando em pequenas atitudes. Que "esse emprego tá muito bom, eu não consigo um melhor" ou "nem vou tentar, não vou conseguir". Oi? Quem te disse que não? Desculpa, você cresceu ouvindo isso e acabou acostumando, né?

Não estou falando de querer mais do que tem, e se quiser, com honestidade e esforço, o que é que tem? As pessoas precisam acreditar mais em si mesmas. Saber que tem capacidade, que podem. É isso que falta nas escolas, uma aula de positivismo, de direitos e deveres. Falta mo-ti-va-ção e civilidade.

Não seria por isso que a gente vê tantas crianças desacreditadas, jovens e adultos caindo no crime? Eles não acreditam em si mesmos e em suas capacidades - para o bem, claro.

A gente cresce ouvindo não, mas que tal eu te dizer que VOCÊ PODE? Uma palavra de apoio muda a vida de uma pessoa. Eu acredito.


Ás vezes acho que errei de curso. Seria uma psicóloga legal. KKKK.

sexta-feira, janeiro 10

Eu já escrevi sobre vários assuntos, umas coisas são bobagem, outras nem tanto. Hoje eu decidi escrever sobre família.

Sabe quando te falam que "família é tudo"? A cada dia que passa percebo o quanto essa frase é verdadeira.

Desde criança fui muito apoiada por minha família.

Estavam sempre cuidando da minha saúde, segurança e me incentivando a estudar e ter a profissão que amar "quando crescer". Não falo aqui só do meu pai e mãe.

Falo de avó, tios, tias e primos. Por parte de pai e mãe. Fui abençoada por ter uma família enorme e muito carinhosa. Sempre pude contar com eles, e como em um casamento é assim "na alegria e na tristeza, na saúde e na doença" e sei que vai ser assim até que a morte nos separe.

Família é fundamental na construção do caráter e personalidade de cada pessoa.

Família é exemplo que a gente segue, de como ou não levar a vida. É a escola do coração, que a gente só pega o diploma quando tem filhos, e pode passar para eles o que aprendemos. Ou não pega o diploma? Tenho minha dúvidas, talvez seja como na vida, aprendizado constante.

Como é importante ter uma família.

Sei que muitas crianças e adultos não tem uma família muito unida ou que ajude e aceite, mas sabe, se você ai que está lendo tem uma ou mesmo um parente que te apoie, agradeça. Família é a base, família é tudo - mesmo.

Aos meus queridos e amados familiares meu eterno agradecimento, por tudo, principalmente pelo amor dedicado ao longo desses anos.


Amo vocês!

segunda-feira, janeiro 6

O Universo Paralello é a pauta.

Todos estão chegando em suas suas casas, depois de sete dias de festa, cheios de lembranças e felicidade. Ele é o maior festival de música eletrônica do Brasil, eu já participei duas vezes.  Ao festival devo grandes recordações e alguns amigos.

Esses dias vi um comentário postado por um amigo de festivais ironizando "O UP mudou a minha vida", ele deve ter visto isso em algumas páginas de Facebook , afinal muita gente deve escrever sobre o assunto, além de falar.

Sabe, vou ser sincera com você, depois do meu primeiro "UP" eu fiquei encantada, ou mesmo viciada em festivais.

O Universo paralello me deu uma ideia de liberdade que nunca tinha visto antes, assim fui buscando em outros festivais o mesmo que senti lá. E sim, em alguns encontrei. Respondendo a pergunta: o UP não mudou a minha vida, mas me deu mais percepção em relação a música, a natureza, a liberdade, a paz e os respeito – aprendi a respeitar ainda mais o “diferente”, o que é normal pra mim, talvez não seja pra você.

Ele não mudou minha vida, mas me enriqueceu. Esse é um comentário individual e intransferível, cada um com sua opinião. O que não vale nisso tudo é julgar, dizer que o festival está ficando "comercial".

Eu mesma já fiz isso, hoje em dia percebi que é uma grande besteira falar isso.

O festival está mais comercial SIM, mas porque mais gente tem a oportunidade de ir, conhecer e gastar por lá. É comercial pelo simples fato de que tudo lá é VENDIDO, o ingresso, a bebida, comida, roupas etc. É um festival comercial, se tudo fosse gratuito não seria.

Desde o primeiro festival foi assim, só que antes era mais "underground" porque pouca gente conhecia, os que sabiam não tinham dinheiro para ir gastar por lá – ou talvez tivessem outras prioridades.

No final, o que vale é o sentimento.

É ir de coração aberto, pronto para novas aventuras. O velho "se jogar".

Carregar sua mala, dormir em barraca, tomar banho em banheiro coletivo. Todo festival é isso, independente de qual seja. O que vale é ir pronto para ter muita diversão e pouco conforto, porque sim, festival tem seus "perrengues".

Se você quer conforto de hotel, nem pise por lá.

Quem já participou também não vale falar por aí "nunca mais eu vou", afinal a vida é engraçada e tem suas voltas. ;)


Eu vos digo, se tiver a oportunidade de ir novamente EU VOU. "Comercial" ou não, com "perrengue" ou sem. Festival é cultura, música e muitos abraços. Nas areias da Bahia, então? Nem te conto.